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 Sinopse

Nossa existência consiste apenas no fato de sermos figuras de linguagem, nada mais. Subtraíram dos nossos “eus” a verve existencial. Assim, nem números nem coisas nos permitem ser.

Nasci Yara Porto Esperança, em 1970, em Mato Grosso do Sul, Brasil. Diante da ácida realidade que eles nos impõem, minha vida é carregada pela carne crua de que as amarguras são feitas. Éramos três formosas jovens, excluídas do lendário existencialismo e transformadas em palavras ditas pelo vento.

Deixamos de ser consideradas pessoas, cidadãs, gente. A sociedade nos tornou três vocábulos inócuos à expressão libertária da língua, apenas três silhuetas embarcadas numa carroça mambembe, reivindicando o direito de viver.

Minha irmã sempre foi minha bússola, minha inspiração. Com ela aprendi a me inconformar com nosso destino, e a me revoltar contra a letalidade do preconceito.